Perfect Little Dream

My dreams they keep a hold of me My guide when I can't see

quarta-feira, março 25, 2009

 

De volta

de uma cidade onde o silêncio muitas vezes se ouviu,onde a música era também ouvida e vista.Muitas foram as vezes que acordei ao som de uma flauta,violino ou de um piano vadio,onde uma grande parte das pessoas passeavam com os seus instrumentos, ora grandes violencelos ás costas,ora pequenos violinos na mão.
de uma cidade de edificios magestosos e imponentes.



de uma cidade onde o Danubio há muito deixou de ser azul,e se é o responsavel pela divisão da cidade é também ele que a une e que a torna uma das mais belas cidades da Europa.

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domingo, março 01, 2009

 
Depois de passar pelo meu giradiscos,o mesmo de sempre,parece que novos ares estão a chegar de novo a estas bandas.Embora de estarem longe de serem novidades (alguns) é isto que passa por aqui,agora.Vezes e vezes sem conta

Do mais paradinho







Ao mais dançante

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Pensamentos

Há qualquer coisa de belo na alegria,na ausência de dor,nesses dias suportáveis e amainados em que nem a dor nem o prazer ousam gritar,em que tudo sussurra e anda de mansinho em bicos dos pés.Mas comigo,infelizmente, acontece que é precisamente essa alegria que menos tolero;após algum tempo ela torna-se-me insuportável,de odiosa e repugnante,forçando-me a fugir,de desespero,para outras temperaturas,porventura trilhando caminhos de luxúria,mas se necessário dor também de sofrimento.Quando passo algum tempo sem alegrias nem penas,respirando a sofribilidade morna e insípida dos chamados dias bons,nasce na minha alma de criança um tormento,uma revolta tão inflamada,que atiro a enferrujada lira da gratião ao beatífico rosto do deus meio-adormecido da satisfação,e preferia uma dor francamente diabólica fervilhando dentro de mim a esta aprazível temperatura ambiente.Irrompe então em mim uma feroz avidez de sensações,de emoções fortes,uma raiva contra esta vida descolorada,banal,estandarlizada e esterilizada,e um avassalador desejo de arrasar qualquer coisa,um armazém ou uma catedral,sei lá,ou eu próprio,pôr-me a fazer disparates arrojados,arrancar as perucas a uns tantos ídolos venerados,proporcionar a uns tantos rapazinhos estudantes em revolta o ansiado salto até Hamburgo, seduzir uma miúda ou torcer o pescoço a uns tantos representantes da ordem universal burguesa.É que não havia coisa que eu mais detestasse,abominasse e execrasse no mais íntimo do meu ser:essa beatitude,essa saúde,esse bem-estar,esse acalentado optimismo do burguês,essa cultura farta e próspera do medíocre,do normal,do mediano.

Herman Hesse
Lobo das Estepes

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